terça-feira, 16 de julho de 2013

Biólogo angolano que salvou as ‘palancas negras gigantes’ é premiado em Portugal


A palanca negra gigante - francisco pacavira
O biólogo angolano Pedro Vaz Pinto, que liderou o projeto da redescoberta das palancas negras gigantes, animal símbolo de Angola e ameaçado de extinção, acaba de ganhar a edição 2013 do Prêmio Internacional “Terras Sem Sombra”, na área de biodiversidade. A homenagem é entregue pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico da Diocese de Beja (Portugal).
O prêmio pelo trabalho de conservação das palancas negras, antílope que, atualmente, sobrevive em pequenas regiões da África, foi um reconhecimento pela grande dedicação desse estudioso em preservar a espécie. Pedro Vaz Pinto é pesquisador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e liderou, entre 2002 e 2004, expedições ao Parque Nacional da Cangandala (em Malanje), onde foram obtidos os primeiros indícios da presença dos animais.
Porém, só em 2005, houve identificação fotográfica de oito delas.
O feito já mereceu reconhecimento internacional com o “Prêmio Whitley Award2006”, patrocinado pela Fundação Whitley Fund for Nature, devido à qualidade e impacto do programa, feito em parceria com o Ministério do Meio Ambiente de Angola.
Em declarações à imprensa, Pedro Vaz Pinto disse que a conservação da palanca negra gigante “é de grande importância pois trata-se de um animal em risco crítico de extinção, com menos de 100 exemplares vivos”.
Quanto ao prêmio, ele afirma ser “uma oportunidade para divulgar o projeto e alertar para o risco de extinção que ameaça as palancas”. Nascido em 1967, em Luanda, o cientista é formado em Engenharia Florestal, com especialização em Gestão dos Recursos Naturais, pelo Instituto Superior de Agronomia (Universidade Técnica de Lisboa).

segunda-feira, 15 de julho de 2013

DE QUEM SE TRATA | Pode a Humildade e a Persistência mudar a história de um País?

De quem se trata - Francisco Pacavira

Será verdade que uma imagem vale mais que mil palavras? Certamente algumas fotografias dispensam didascália, visto que acarretam consigo vários significados, inúmeras histórias, sonhos e esperanças sem fim.

O mesmo diz-se de certas personagens que, presentes ou ausentes, dispensam apresentações. A presente fotografia é emblemática. Por este facto, durante a leitura, tente responder algumas das questões colocadas. Dê um sentido à esta história.

Pois bem, amigos e amigas, observando o retrato colhem-se várias mensagens, mas nós pretendemos destacar a auto-estima transbordante, a coragem de opções contra-corrente, a determinação, assim como, uma certa vontade de viver. Il “resto è noia – o resto é tédio”, dizia Franco Califano, um prestigiado músico romano dos anos Setenta.

A primeira questão surge espontânea: quem foi verdadeiramente este “pequeno pobre” que soube usar o dom precioso que Deus lhe deu, para transformar a sua vida e o curso da história do seu País? Sobre o seu carácter, vários biógrafos apaixonados, como o escritor americano James Haskins, são unânimes em afirmar que deste homem sobressai o valor estratégico da sua humildade e persistência, como catalizadores da realização dos melhores sonhos que um homem nutre. Mas, de quem se trata?

Reza a sabedoria ancestral africana que, “Deus não dá carne a quem não tem dentes”. Trata-se de um excelente ensinamento que, em várias ocasiões, minha mãe usava para elucidar-nos, sobre a necessidade e importância da aplicação e dedicação nos afazeres quotidianos, fossem eles de que índole fossem.

É nos detalhes da vida que se constrói o futuro de cada um de nós. Tens a certeza que se trata da pessoa que pensas?

Uma ajudinha: este homem não é angolano, mesmo que o amamos como um "mwangolé"; não é africano, mesmo que negro inteligente e simpático. Mas usou o melhor da sabedoria africana suspracitada. As suas raízes são confirmadas, África Pura, sangue potente das grandes tradições austrais. Mas, de quem se trata?

Enfim, quais são as três principais lições que podemos tirar da sua vida? O teu ponto de vista é importante para a comunidade de leitores, visto que enriquece a presente reflexão.
Ao chegares a esta linha, escreva o que pensas. E já agora, partilhe connosco as tuas três lições indispensáveis para o sucesso na vida.

Se lestes até aqui, partilhe o post e convida outros a fazerem o mesmo.

FPB

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Evoro Morales, espionagem & covardia europeia em 2013

Evoro Morales, espionagem & covardia europeia

Os europeus são incorrigíveis. Para não ficar mal com o império norte-americano são capazes de violar todos os princípios que defendem nos fóruns internacionais. O presidente boliviano Evo Morales foi o último a experimentar as consequências dessa política de palavras solidárias e gestos mesquinhos. Um rumor infundado sobre a presença no avião presidencial boliviano do ex-membro da Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana, o estadunidense Edward Snowden, conduziu a um sério incidente diplomático aeronáutico entre Bolívia, França, Portugal e Espanha.


Voltando de Moscou, onde havia participado da segunda cúpula de países exportadores de gás, realizada na capital russa, Morales se viu forçado a aterrissar no aeroporto de Viena depois que França, Portugal e Espanha negaram permissão para que seu avião fizesse uma escala técnica ou sobrevoasse seus espaços aéreos. Os “amigos” do governo norte-americano avisaram os europeus que Morales trazia no avião Edward Snowden, o homem que revelou como Washington, por meio de vários sistemas sofisticados e ilegais, espionava as conversações telefônicas e as mensagens de internet da maioria do planeta, inclusive da ONU e da União Europeia.


O certo é que Edward Snowden não estava no avião de Evo Morales. No entanto, ante a negativa dos países citados em autorizar o sobrevoo do avião presidencial, Morales fez uma escala forçada na Áustria. As capitais europeias coordenaram muito bem suas ações conjuntas para cortar a rota de Evo Morales. Surpreende a eficácia e a rapidez com que atuaram, tão diferente das demoradas medidas que tomam quando se trata de perseguir mafiosos, traficantes de ouro, financistas corruptos ou ladrões do sistema financeiro internacional.
Extracto de um artigo publicado pela Carta Capital.