quarta-feira, 15 de julho de 2015

BAI Europa diz que inflação em Angola vai derrapar além dos 9%

A crise que afeta Angola deverá comprometer as metas do Governo de manter a inflação abaixo dos nove por cento em 2015, admite o Banco Angolano de Investimento (BAI) Europa no boletim económico do segundo trimestre do ano.
A situação é explicada com as consequências da crise da quebra da cotação internacional do barril de crude, que fez reduzir a receita fiscal angolana para metade e a entrada de divisas no país, agravando o custo das importações e o acesso a produtos, inclusive alimentares.
"É agora expectável, com o maior deslizamento cambial, uma aceleração dos preços, afigurando-se razoável admitir, desde já, a impossibilidade de cumprir o objetivo anual da inflação que, segundo a proposta de Revisão do OGE [Orçamento Geral do Estado], não deveria exceder 9%, em média anual", escrevem os analistas do BAI Europa neste boletim trimestral.
A posição é justificada também com base no ‘mix' de políticas - orçamentais, cambiais, monetária e outras -, preparado pelo Governo para lidar com as dificuldades, nomeadamente de acesso a divisas. Dizem os especialistas daquele banco - cujo grupo é um dos maiores em Angola - que "uma das consequências prováveis" destas medidas "deverá fazer-se sentir ao nível dos preços no consumidor, devido ao peso dos produtos importados nas despesas de consumo das famílias".
O boletim do BAI Europa recorda que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou 1,2% só em maio, apresentando assim o valor mensal "mais elevado desde dezembro de 2011". Só nos primeiros cinco meses do ano a inflação acumulada em Angola era já de 4,24%, para um objetivo estimado pelo Governo, na revisão do OGE de 2015 devido à crise do petróleo, entre 7 a 9%.
"Cumpre reconhecer, todavia, que no contexto da política de ajustamento em curso, seria pouco realista procurar manter o objetivo da inflação, face à necessidade imperiosa de normalizar a situação do mercado cambial e de preservar a solvabilidade externa. Havendo que fazer escolhas, na conjuntura difícil decorrente do choque externo, torna-se claro que o objetivo da solvabilidade externa teria de prevalecer sobre os demais", observa o boletim.
Os analistas do BAI Europa abordam ainda as várias medidas decididas pelo Governo e pelo Banco Nacional de Angola para "imprimir maior eficácia ao processo de ajustamento macroeconómico", que alargam as dirigidas à contenção de despesa (corte de um terço de toda a despesa pública na revisão do OGE). Nomeadamente ao nível de reservas obrigatórias de depósitos e na desvalorização sistemática, desde junho, do kwanza angolano.
Um conjunto de medidas no âmbito "das políticas cambial e monetária" que "claramente visam moderar a procura interna, reforçando a componente orçamental", lê-se no documento.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsariana, mas devido à crise atual nos mercados internacionais, o peso do crude nas receitas fiscais angolanas deverá descer este ano para 36,5%, face aos 70% de 2014.

Cf. Fonte: Lusa

segunda-feira, 13 de julho de 2015

A MALEDIÇÃO DO PETRÓLIO | Acordo nuclear com o Irão é mau para Angola, dizem economistas

A situação financeira de Angola deverá agravar-se com a entrada do Irão nos mercados mundiais de petróleo na sequência do acordo nuclear com as potências mundiais. Peritos afirmam ser uma certeza que a reentrada do Irão no mercado petrolífero poderá levar à queda do preço do petróleo o que terá um grande impacto em países cujas economias estão dependentes dessa matéria prima, como Angola.

O economista Domingos Precioso afirma que o acordo pode ser uma má notícia para Angola pelo facto do país estar grandemente dependente  do petróleo, e aconselha o Executivo angolano a acelerar a diversificação da economia. 

Quem manda na OPEP é Arábia Saudita que não está disposta a reduzir a sua produção, por isso se aconselha mesmo a diversificação da economia”, disse.

Precioso lembra que Angola mesmo sendo membro OPEP não tem capacidade de exigir que se cumpram limites de extracção de barris diários. Segundo o economista, o Irão possui grandes reservas para o mercado petrolífero. Já Fernando Heitor, outro economista com quem a VOA falou, lamentou a falta de informação das instituições angolanas para se conhecer a verdadeira situação das empresas.

Heitor afirma que a entrada do Irão no comércio do petróleo poderá tornar o preço mais baixo que levará Angola a sentir ainda mais os efeitos da crise financeira.

Cf. Voa / CPP

quinta-feira, 9 de julho de 2015

COOPERAÇÃO ANGOLA & ESPANHA | PR deixa Itália e vai para Espanha.


Integraram a comitiva presidencial, na visita à Itália, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa, e os ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, da Defesa Nacional, João Lourenço, das Finanças, Armando Manuel, da Economia, Abraão Gourgel, da Agricultura, Afonso Pedro Canga, e altos funcionários do gabinete presidencial.

http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/presidente_esta_em_espanha_1

sábado, 4 de julho de 2015

TENIS 2015 | Dustin Brown a nova estrela que está rebentando com o velho mundo

Dustin Brown by Michael Gurd

Dustin Brown by Michael Gurd

->> Ontem estendeu o super campeão Rafa Nadal como uma criança!

LUANDA | Helicóptero com seis pessoas desaparecido desde alguns dias

Acerca do bom jornalismo. Como pode o Jornal de Notícias publicar uma notícia sem o mínimo de critérios noticiosos: falo das clássicas perguntas que um jornalista deve responder ao escrever um artigo:

1) O quê? (ok)
2) Como?
3) Quando?
4) Porquê?
5) Aonde?
6) Com quais consequências?

Portanto, todos cometem erros.

“Segundo uma nota de imprensa da SonAir, o aparelho com três tripulantes e três passageiros desapareceu na quinta-feira, quando fazia a rota Sumbe-Waku-Kungo.

O documento refere ainda que o aparelho estava a apoiar uma operação sobre sinistralidade rodoviária e que a SonAir e as autoridades locais estão a desenvolver esforços para a localização do helicóptero.

A SonAir existe desde 1998, para apoiar sobretudo a indústria petrolífera.”

Cf.: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Palops/Interior.aspx?content_id=4660371